INVESTIR NO BRASIL:
O QUE TORNA O MERCADO BRASILEIRO INTERESSANTE NA CONJUNTURA ECONÔMICA MUNDIAL RECENTE
Em tempos de crise e de enfrentamento de severas medidas de
austeridade impostas, Portugal acaba por não ser um mercado atrativo ao
investidor, que procura em outros mercados o retorno financeiro que almeja.
Em cenário de crise econômica mundial, o mercado brasileiro vem
se tornando uma boa opção de investimento. Tal situação se deve ao fato de os
mercardos tradicionais de investimento atualmente se encontrarem em situação de
recuperação de crise, como é o caso dos Estados Unidos, ou vivenciando uma
crise, como é o caso da Europa.
Considerando que a economia norte americana, apesar de estar
a superar da crise que enfrentou em 2008, ainda mostra sinais de lenta recuperação,
é possível observar dados positivos, como as taxas de desemprego, que caíram para
7,8% em setembro de 2012, o que segundo a Revista Veja[1],
é a menor taxa de desemprego do país desde 2009. Apesar da melhora, os efeitos
da crise ainda não foram totalmente revertidos, segundo o especialista André
Gambier[2].
O mercado Europeu, por sua vez, atravessa a sua mais
avassaladora crise e não há estimativas concretas de recuperação dos mercados. Os
altos índices de desemprego, bem como o superendividamento assolam as
populações de países como a Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha, que por sua
vez enfrentam severas medidas de austeridade.
Apontar o Japão como uma saída viável não atenderia a
demanda do investidor ocidental, posto que possui mercado muito conservador e
com economia estagnada.
Uma solução obvia seria redirecionar os investimentos para os
BRICS, o grupo de cooperação existente entre Brasil, Rússia, Índia, China e África
do Sul.
Considerando que dentre os países que formam o BRICS, o Brasil
é mercado que tem mais proximidades com o modelo capitalista de economia, e
cultura mais ocidentalizada. Não possui em seu governo nenhum ditadura, como é
o caso da China, nem tem riscos tão altos.
Tem-se no Brasil um país de economia estável, de inflação
controlada, de um governo firme, e de um sistema em que se pode confiar no
respeito ao cumprimento dos contratos privados. Aliado a estes argumentos,
cumpre ressaltar que o Brasil não dá calota na dívida há mais de vinte anos e
conta, atualmente, com a menor taxa de desemprego da história.
Ainda, o Brasil encontra-se em uma boa fase. Tem em sua
maioria população economicamente ativa, com boas perspectivas de melhorias
futuras, ao contrário da Europa, que atualmente tem grande parte da sua
população envelhecida e com alguns dos mais baixos índices de natalidade do
mundo.
Em suma, encontram-se no Brasil oportunidades de
investimento em um mercado de economia forte e estável, com quadros positivos
de crescimento futuro e acima de tudo, segurança.
Lígia
Barroso
ligiabarroso@gmail.com
[1]
Revista Veja. Disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/economia/eua-desemprego-surpreende-e-cai-para-7-8-menor-nivel-desde-2009
[2]
Agência Brasil de Comunicação. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-03-22/economia-norte-americana-mostra-sinais-de-recuperacao-enquanto-europa-continua-em-situacao-critica-di